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sexta-feira, 27 de agosto de 2010

A garota


cresceu. A garota parou de brincar de pega-pega quando chegava da escola, de segunda á sexta, as 5:30 da tarde. Aos poucos, aos oito anos, deixou as bonecas em cima do guarda-roupa. Não brincava mais na piscina no quintal que todos podiam ver a vontade. Começara a crescer, a aparência era, mais do que nunca, uma preocupação. A garotinha cortou o cabelo nos ombros, com a vontade enorme de mudar de criança para adolescente. Mudou de escola na quarta série, logo quando pisou no pátio, se apaixonou por um garoto bobo e descobriu o lado ruim de amar. Mas alguns passos depois, foi recebida por duas garotas e logo percebeu que seria feliz dali por diante.


O tempo passara, passara e logo estava na sétima série. Foi quando a garota mudou outra fez, e para pior. Não sabia quem era, o que queria, qual era seu estilo, não tinha um propósito de vida e falava sobre suicídio com a "amiga". No fim desse ano, a garota começou a pensar se queria, e como queria viver. Queria sim viver, e queria usar o cabelo que sempre quis. Queria usar roupas mais bonitas, ganhar uma câmera e ter como razão de vida a fotografia. Depois de muitas dúvidas e ajudas, ela se descobriu. Parou de pensar o dia inteiro em como ser feliz, percebeu que aquilo a fazia, nada mais nada menos, infeliz. Deixa, nos dias de hoje, tudo acontecer naturalmente. Na sua cabeça, músicas, imagens das pessoas que ama, coisas simples que ninguém nota á serem fotografadas. Mas ela nunca, ou pelo menos, até agora, deixou de ser quem realmente é. Tímida, observadora, generosa, estúpida, companheira e... uma criança saindo da infância.


2 comentários:

  1. mari eu amei seu blog mais tenho uma duvida
    por a caso a escola que essa escola é onde vc estuda og ?

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  2. é sim, estou na mesma escola há cinco anos ):
    por que pergunta?

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